-- Você sabe qual a natureza de seu crime?
-- Eu não cometi crime nenhum! Disse de novo Pollio.
-- Minha fé me ensina a temer somente o Deus vivo e honrar o imperador. Sempre obedeci a todas as leis justas. Não sou, pois, nenhum traidor.
-- Ser cristão é ser traidor.
-- Cristão eu sou, porém traidor, não!
-- A lei do Estado te proíbe de ser cristão, sob pena de morte. Portanto, se tu és cristão, deves morrer.
-- Eu sou cristão -- repetiu Pollio firmemente.
-- Então deves morrer.
-- Amém. Assim seja.
A história anônima “O Mártir das Catacumbas” -- “Um episódio da Roma antiga” foi publicada há muitos anos.
Um exemplar foi providencialmente resgatado de um barco à vela americano e ficou em poder do filho do capitão Richard Roberts -- o barco teve de ser abandonado em alto-mar por causa do desastroso furacão de 1876.
O livro reproduz diálogos dos primeiros cristãos perseguidos pela Roma pagã. Chamam bastante atenção os momentos finais de Pollio, um menino de 13 anos, condenado à morte pelos magistrados romanos por “traição ao império”, conforme diálogo acima.
“O Mártir das Catacumbas” foi publicado este ano no Brasil pelos Ministérios RBC (nossopaodiario.net) -- um trabalho missionário iniciado em 1938 nos Estados Unidos com o nome “Radio Bible Class” e que hoje disponibiliza pequenos devocionários em áudio e impressos em todas as partes do mundo, inclusive o popular “Nosso Andar Diário”.
(por Lissânder Dias)
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