sexta-feira, 3 de junho de 2011

Lançada Bíblia com Evangelho de Filósofos - Por OGalileu

A. C. Grayling se diz a versão suave de Richard Dawkins e Christopher Hitchens, dois ateus que militam contra Deus nos livros e na imprensa. Sua nova obra, como explica, não é "contra a religião". Apenas a ignora.

O autor A. C. Grayling diz que se opõe à Bíblia original


"The Good Book: A Humanist Bible" (o livro bom: uma bíblia humanista, na tradução literal) quer ser fonte de inspiração, reflexão e consolo, partindo da tradição laica do Ocidente e do Oriente.


"Ao se fixar em Deus e no que há após a morte, pessoas se distraem da vida", diz à reportagem. Ninguém cai em desgraça se come o fruto da sabedoria, sugere o professor de filosofia da Universidade de Londres, autor de quase 30 livros.

Por décadas, anotou o que disse Aristóteles, Heródoto, Safo, Nietzsche, Baudelaire, Rimbaud, Newton e editou as citações com estrutura e linguagem semelhantes às da Bíblia.

Publicado há duas semanas na Inglaterra, o livro está na lista de mais vendidos. Foi comprado pela Objetiva/Alfaguara e sai em 2012.

Com bom humor, Grayling conta que sua mulher fez para ele um cartão que diz: "Achava que era ateu até que descobri que era Deus".

Com a bíblia laica, o sr. diz ajudar leitores a ter uma vida boa. O que é isso?

A. C. Grayling - Ser bom e ter afetos costumam levá-lo a ter uma vida melhor. Diferentemente da Bíblia, porém, este livro mostra que não há modo único de conduzir a vida, que é muito curta para tantas brigas. O mais importante é que o leitor pense por si mesmo e não tenha de seguir regras irracionalmente. Tudo de que você precisa é amor", "Pense por si mesmo" e "a vida é muito curta para tantas brigas" são letras dos Beatles.  Não tinha pensado nisso. É a prova de que essa sabedoria pode ser encontrada também no senso comum.

Em oposição à Bíblia, o livro sugere retornar aos gregos?

Não só aos gregos, mas à tradição humanista que começa com eles e permanece até hoje. E, apesar de ateu, não quis me opor à Bíblia, apenas mostrar a sabedoria que nasce dos próprios homens sem tratar de Deus ou de vida após a morte.

Se não se opõe, por que se baseou na estrutura da Bíblia?

Primeiro porque o livro se torna muito acessível: você pode ler um ou dois trechos e pensar a respeito. E sem autores citados, você se concentra no que é dito, e não em quem e quando disse.


É inevitável querer saber de quem é cada citação...


Várias pessoas reclamam disso. Mas é como ver uma exposição e se concentrar nas legendas. O mais importante são as pinturas. E quer saber? Queria não ser identificado como autor do livro. Meus editores não deixaram.

Por que a religião voltou a ser tema de livros e da mídia?

Justamente por causa do seu declínio.

THE GOOD BOOK: A HUMANIST BIBLE



AUTOR A. C. Grayling


EDITORA Walker & Company

quarta-feira, 9 de março de 2011

Menina de 14 Anos Morre ao Receber 80 Chibatadas em Tribunal Religioso

Uma adolescente de 14 anos morreu após ter recebido 80 chibatadas em Bangladesh, como punição por ter tido um relacionamento com um primo que era casado.


A sentença tinha sido decretada por um tribunal religioso na cidade em que a jovem vivia, Shariatpur, no sudoeste do país, a 56 quilômetros da capital, Daca.

Hena Begum foi acusada de ter mantido uma relação sexual com seu primo de 40 anos de idade, que era casado. Ele também foi condenado a receber cem chibatadas, mas conseguiu fugir.

A adolescente desmaiou enquanto recebia as chibatadas e chegou a ser levada para um hospital local, mas não resistiu aos ferimentos, morrendo seis dias após ter sido internada.

O caso teve grande repercussão no país e provocou protestos de moradores de Shariatpur. Há relatos na mídia de Bangladesh de que Hena, na verdade, foi raptada e estuprada pelo primo.
 
O imã (clérigo muçulmano) Mofiz Uddin, responsável pela fatwah (sentença) contra Hena, e outras três pessoas foram presas. O caso está sendo investigado.


'Atos imorais'

Atraídos por gritos de socorro de Hena, moradores locais chegaram a acudir a adolescente. Mofiz Uddine também se dirigiu ao local, juntamente com professores da madrassa (escola de ensinamentos islâmicos) da região.

Os jornais bengalis informaram que em vez de tomar uma ação contra o autor do suposto estupro, os religiosos trancaram a jovem dentro de um quarto. No dia seguinte, o mesmo imã e representantes do Comitê da Sharia, o código de leis muçulmanas, acusaram Hena de ter cometido atos de ''sexualidade imoral'' fora do casamento.

Os religiosos disseram à polícia que Hena teria sido pega em flagrante quando mantinha relações sexuais com um morador do vilarejo.

Pessoas da família do primo casado também teriam espancado a adolescente, um dia antes da fatwa ter sido decretada.

Autoridades do vilarejo também exigiram que o pai da jovem pagasse uma multa equivalente a R$ 419.

Na quarta-feira, um grupo de moradores de Shariatpur foi às ruas em protesto contra a fatwa e contra os autores da sentença.

''Que tipo de justiça é essa? Minha filha foi espancada em nome da justiça. Se tivesse sido em um tribunal de verdade, minha filha jamais teria morrido'', afirmou Dorbesh Khan, o pai da adolescente.

Punições realizadas em nome da sharia (legislação sagrada islâmica) e decretos religiosos foram proibidos em Bangladesh, país secular, mas de maioria muçulmana, desde o ano passado.

Comitês que obedecem princípios religiosos vêm se tornando influentes em diferentes países com população de maioria islâmica, mesmo sendo ilegais em muitos deses países.

A sentença contra Hena Begum foi a segunda morte provocada por uma sentença ligada à sharia desde que a prática foi proibida pela Corte Suprema de Bangladesh.

Cerca de 90% dos 160 milhões de habitantes de Bangladesh são muçulmanos, dos quais a maior parte segue uma versão moderada do Islã.

Com informações BBC / G1 / O Povo Online / site O Galileu

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Igreja Presbiteriana se Pronuncia Contra Apóstolos e Dança no Culto

O uso da dança na liturgia do culto e a consagração de apóstolos estão proibidos na Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB). É o que decidiu o Supremo Concílio no final do ano de 2010. Até a comemoração do Natal e o uso do teatro foi avaliado pelos representantes dos presbitérios.


As discussões giraram em torno do culto público e seus elementos. Os líderes debateram a celebração do culto de ação de graças nos cultos dominicais. "A decisão do Supremo Concílio foi não proibir as ações de graças como parte do culto no dia do Senhor, e que o culto deve ter Deus como centro. Ou seja, declarou que as ações de graças fazem parte do culto a Deus, como está na Confissão de Fé da IPB (Westminster) e que o culto não deve virar culto à personalidade, mas Deus é sempre o centro do mesmo", divulgou o reverendo Augusto Nicodemos em seu blog.

A dança e a nomeação de apóstolos continua proibida. Segundo o Concílio Supremo, na Bíblia, a dança e a coreografia não fazem parte do culto público, por isso, devem ser excluídas da liturgia. Quanto aos apóstolos, a resposta foi de que só são reconhecidos como tais, os Doze Apóstolos de Jesus e Paulo.

Já os cultos de gratidão a Deus aos domingos a noite são permitidos. A decisão é de que todos os cultos devem ter Deus como o centro e que a gratidão a Ele deve estar sempre presente nos domingos.

Ainda foram discutidas questões acerca da comemoração do natal, de práticas neopuritanas e de cantatas com representações teatrais. Segundo o Supremo Concílio, é importante discutir tais detalhes por conta da invasão de novos elementos trazidos pelo neopentecostalismo.

Informações Creio / Amigo de Cristo / OGalileu

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

É PECADO O PASTOR TIRAR FÉRIAS?

Pastores também necessitam de férias


Alguns acreditam que o pastor não pode sair de férias. Só se for para Israel!

Se ele disser que vai para Disney com sua família e não vai para Israel, corre o risco de ser apedrejado em praça pública por alguns irmãos e irmãs.

Concordo em apedrejar se ele usar o dinheiro da igreja para qualquer viagem particular.

Mas e a criançada? Pensamos desta forma ou abençoamos os nossos filhos?


Não temos o direito de passar um tempo com a nossa família?

Será que é pecado o pastor tirar férias? Será que ele está tirando férias de Deus?

Pecado é usar os irmãos para financiar suas viagens particulares. Viajar com o dinheiro suado que foi fruto do seu trabalho é um direito.

É claro que o pastor pode tirar férias com sua família. Deus está conosco nas férias também. Posso garantir que férias é uma benção! Estar com a família é uma super benção!

Não importa o lugar, o que importa é estar com eles e ter a presença do Senhor ao nosso lado! Isso é saudável para a família.

As férias proporcionam um tempo de descanso, um período que cada família tem que desfrutar.

O descanso foi estabelecido por Deus no início da criação.

Deus descansou quando nunca precisou descansar. Mas porque a Bíblia diz que Deus descansou?

O verbo hebraico usado no texto de Gênesis 2 quer dizer “cessar ou terminar” o que estava fazendo. Deus teve prazer de parar e se maravilhar com a sua criação a ponto de dizer – É muito bom.

Nós também precisamos parar e maravilhar-se com o que Deus colocou ao nosso redor.

A nossa família também é o nosso rebanho, aqueles que necessitam de um carinho, de uma atenção e descanso.

Quando estamos na correria do dia a dia esquecemos de agradecer por tantas coisas que Deus tem feito em nossa família, na vida dos nossos filhos, na vida da nossa esposa e na nossa própria vida.

Deus mostrou que precisamos parar um pouco e olhar o que está em nossa volta para dizer como Ele: Isso é bom!

O exemplo de parar a sua criação e estabelecer um dia de repouso é para que o homem possa entender que o descanso é um benefício criado por Deus, que as férias são um direito que deve ser respeitado para que a família seja abençoada.

Muitos pastores esquecem que são responsáveis pela sua família e que eles necessitam de sua atenção.

Muitos não têm a noção de que este tempo é esperado com muita alegria e ansiedade pelos filhos. As fotos que vocês estão vendo neste artigo são de férias passadas. Eu fiquei triste estas férias por não ter dito condições de levá-los viajar, mas estou tentando passar o maior tempo possível com eles.

Eu me deparo com crianças frustradas porque alguma coisa tomou o seu pai ou a sua mãe no momento que os seus pais eram deles (as) por direito!

Às vezes, o nosso ministério, os nossos afazeres na igreja e a nossa posição eclesiástica roubam o tempo que deveria ser da nossa família. Você já se deparou com este problema?

Não existe na bíblia uma referência que o pastor não pode tirar férias.

Conheço alguns filhos de pastores que dizem: Eu não quero ser pastor de jeito nenhum!

Quando me aprofundo no assunto e pergunto sobre a esta decisão, a resposta é quase sempre a mesma: - “Porque a igreja tirou o meu pai de mim quando eu mais precisava dele. Eu nunca brinquei com meu pai porque a igreja sempre ocupou o tempo que era meu e eu não quero isto para o meu filho.”

Precisamos aprender a ser pastor da igreja e pastor dos nossos filhos.

Precisamos aprender a respeitar o espaço da família e da igreja, não deixando que um tome o lugar do outro. Deus deve ter o primeiro lugar em todos os sentidos na minha vida e depois a família.

Não podemos esquecer que antes de sermos pastores, presbíteros, diáconos, obreiros, líderes de um grupo e participantes ativos do corpo de Cristo, Deus nos colocou em família e nos deu uma família para cuidar.

Quando nascemos, aprendemos a ser filhos e compreendemos o que é necessário fazer e não fazer. Sentimos na pele o que é ser filho!



Não é difícil entender que os nossos filhos precisam e desejam. Eles querem um pai e um pastor, mas na hora certa. Em alguns momentos eles querem o pai, em outros querem o pastor.


Posso lembrar da historia de um filho que sempre esperou o seu pai, mas ele nunca apareceu.

O seu pai era um pastor de um ministério conhecido. Este pastor tinha um filho, mas nunca teve tempo para ele. Quando o seu filho fazia aniversário, ele nunca podia estar na festinha porque tinha culto ou qualquer programação “sagrada”.

Este filho nunca teve o prazer de ver o seu pai assistindo suas apresentações que as escolas realizam no dia dos pais, ele não tinha tempo para isso!


Brincar de bola no campinho perto da sua casa era impossível, o seu pai nunca podia estar com ele.

O motivo sempre era o mesmo: “Eu tenho que fazer a obra de Deus e não tenho tempo para isto!”

Este garoto cresceu desta forma e criou uma revolta muito grande contra a igreja porque o tempo que era dele foi ocupado pelos problemas de outras pessoas.

O menino cresceu indo à igreja até onde foi obrigado, mas depois que conseguiu a maioridade, nunca mais pisou no templo.

O problema é que durante estas situações de irresponsável do seu pai, ele encontrou algumas pessoas que estavam sempre prontas para escutar suas lamentações e problemas.

Ele se envolveu com pessoas que tinham tempo para escutá-lo, pessoas que pararam para ouvir suas dificuldades, mas infelizmente estas pessoas o levaram para o caminho das drogas.

Encurtando a história, o garoto morreu assassinado no portão de sua casa devido uma dívida com traficantes. Eles o viciaram escutando seus problemas e mataram porque não pagou o remédio que fazia esquecê-los.

No velório, a sua mãe não passou bem e foi até a casa de uma irmã para descansar. Ao pegar a xícara de café, ela desabafou: "O meu filho nunca teve um pai, mas a igreja sempre teve um pastor. Não importava à hora, o meu marido sempre tinha tempo para a igreja, mas para passear com o seu filho, conversar com ele, passar um dia jogando bola, ele nunca teve tempo. O passeio das férias do meu filho foi impedido porque meu marido nunca deixava a igreja. O meu filho morreu sem saber o que era ter um pai! Eu sei que muitas vidas estão indo para o céu por causa do meu marido, mas eu também sei que o meu filho foi para o inferno por causa dele. Vou ver muitos irmãos e irmãs no céu, mas quem eu mais queria ver, não estará lá, o meu filho."

A história acima representa uma situação quase freqüente nas igrejas, nós precisamos entender que Deus precisa estar em primeiro lugar em nossa vida e a família em segundo, depois a igreja.

O que vale ganhar o mundo e perder a nossa família?

Quando sabemos ser pastor e pai, os nossos filhos vão amar a casa do Senhor.

Ensine o seu filho amar a igreja demonstrando que ela não ocupa o lugar que é dele. Ensine o seu filho amar a Deus sobre todas as coisas sendo o seu pastor e pai no momento exato.

Jesus nos deu 2 mandamentos: Amar a Deus sobre todas as coisas e amar o próximo como a nós mesmos, então quero fazer uma pergunta:

Quem é o seu próximo?

A sua família é a mais próxima de você. Os nossos filhos, filhas e a nossa esposa também precisam conhecer o amor de Deus e a melhor forma de apresentar este amor é cuidar da nossa família como Cristo cuidou da igreja.

Há tempo para todas as coisas, tempo de evangelizar, de brincar, de pregar, de deixar de pregar para suprir a necessidade da família, de ir aos cultos, de ir aos eventos mais importantes para os nossos filhos e de tirar férias com a família para que a comunhão em nosso o lar seja reforçada.

Pastor pense nisso...