sábado, 20 de abril de 2013

Médicos são contra a descriminalização do aborto


Médicos que debatem a descriminalização do aborto dividem opiniões. A dúvida está em que momento surge a vida entre o momento da concepção e o desenvolvimento do embrião. Questão esbarra em ética, moral e religião
Por trás do crime, das sequelas para o corpo e para a alma, muitas vezes carregadas pelo resto da vida, milhares de brasileiras que se submetem a um aborto clandestino no país se deparam com a eterna dúvida: em qual momento nasce a vida? De cunho moral, religioso e ético, a questão ganha foco no Brasil diante da decisão de entidades nacionais em propor a descriminalização do aborto, o que permitiria a interrupção da gravidez de até 12 semanas.
A posição, apesar de sugerida pelo órgão que representa 400 mil médicos, o Conselho Federal de Medicina (CFM), não é consenso na classe. Prova disso é o posicionamento do Conselho Regional de Medicina (CRM), que diz que “doutores são treinados para salvar vidas, não matá-las”. A resistência é tão grande que, até em processos legais de interrupção da gravidez, como em caso de estupro, há especialistas que se recusam a fazer o procedimento, respeitando a própria consciência e a ética. O CRM de Goiás também é contrário à medida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário